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Segurança em cima da bike: fique por dentro de direitos e deveres do ciclista

Cada vez mais as bicicletas são usadas como um meio alternativo de transporte. Algumas empresas já começam a estimular a nova forma de locomoção para o trabalho, oferecendo bicicletário e vestiário para que seus funcionários possam trocar de roupa antes do expediente. No Dia Mundial da Bicicleta, o Eu Atleta mostra que a substituição dos meios de transporte tradicionais pela “magrela” traz diversos benefícios à saúde. Além do gasto calórico promovido pela atividade física, o ciclista reduz seu nível de estresse, pois não precisa mais se preocupar com o engarrafamento.
No entanto, algumas precauções são necessárias para quem pensa em trocar o carro ou o ônibus pela bicicleta. Com o uso dos equipamentos adequados, ela pode ser uma alternativa tão segura quanto qualquer outro veículo. Além disso, algumas regras devem ser respeitadas para que a segurança de ciclistas e pedestres seja garantida.

REGRAS NO TRÂNSITO

Antes de sair pedalando, procure se informar sobre as regras básicas para circular nas ruas e evitar acidentes. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), a pessoa que estiver de bicicleta deve respeitar sinais de trânsito e sinalização, além de circular na mão correta de direção, pois ela é também um veículo. Ciclistas e pedestres têm preferência sobre os veículos automotores.

EQUIPAMENTOS ADEQUADOS


Para a segurança não só de quem é atleta, mas também daqueles que usam a bike como meio de transporte ou lazer, é importante estar bem equipado com capacete, óculos ou viseira, cotoveleiras, joelheiras, luvas e roupas apropriadas, claras e coloridas – se for à noite, existem coletes e casacos que brilham no escuro.

O capacete, por exemplo, pode diminuir em até 90% o risco de um traumatismo craniano no caso de uma queda. É importante que a “magrela” esteja equipada com espelho retrovisor esquerdo, buzina e refletores (olhos de gato) dianteiro, traseiro e laterais, considerados equipamentos obrigatórios. O ciclista também deve deixar a bicicleta em bom estado para o uso e com os pneus cheios. Dependendo do tamanho do percurso, é importante levar hidratação e alimentos. Não é necessário começar indo e voltando de bicicleta para o trabalho. A pessoa pode ir de bicicleta em um dia e voltar no outro, aumentando a quantidade aos poucos, até conseguir fazer ida e volta diariamente.
Pela lei, os ciclistas devem utilizar ciclofaixas, ciclovias e acostamentos. Quando não houver, devem usar o canto direito da pista, no sentido dos demais veículos. Nunca ande na contramão, o que é considerado uma infração grave de trânsito. O ideal também é não ficar muito colado ao meio-fio, para facilitar a visão dos motoristas, e estar sempre atento às portas de veículos abrindo.

Para evitar colisões, o ciclista precisa ter atenção maior em conversões e cruzamentos (locais de maior índice de acidentes). Também precisa sinalizar com as mãos a intenção de realizar alguma manobra e deve evitar ruas muito movimentadas (grandes avenidas ou rodovias). Ciclistas em grupo, por exemplo, têm de trafegar em fila. Outra opção é utilizar a bicicleta apenas para pequenas e médias distâncias.

Os motoristas devem seguir regras para evitar acidentes. A principal delas é manter distância lateral de pelo menos 1,5m da bicicleta, e reduzir a velocidade ao passar pelos ciclistas, respeitando sempre a sinalização das faixas destinadas a eles. Entre ciclistas e pedestres, o pedestre tem a preferência.

CICLOVIAS NO BRASIL E NO MUNDO

Um levantamento feito recentemente pela ONG Mobilize Brasil, que acompanha os dados da mobilidade urbana do país, mostrou quanto espaço as bikes têm nas metrópoles brasileiras. A soma das estruturas cicloviárias das capitais que possuem vias exclusivas para bicicletas passa longe dos quilômetros que os ciclistas têm à disposição em cidades da Europa como Berlim e Amsterdã, por exemplo.

Segundo a pesquisa feita pela ONG em 2015, Brasília é a capital que mais tem vias adequadas para a circulação de bicicletas, com 440km de estrutura cicloviária, seguida por Rio de Janeiro (374km), São Paulo (265,5km), Curitiba (181km), Fortaleza (116,4km), Campo Grande (90km), Teresina (75km), Rio Branco (74km), Belém (71,9km), Belo Horizonte (70,4km), Florianópolis (57km), Aracaju (56km), João Pessoa (50km), Vitória (47km), Cuiabá (37km), Recife (30,6km), Salvador (27km), Porto Alegre (21km) e Manaus (6km).

Esta relação não leva em conta as ciclofaixas de lazer, que funcionam apenas nos domingos e feriados. Em janeiro deste ano, o Rio de Janeiro inaugurou a ciclovia Niemeyer, ligando os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul carioca, numa extensão de 3,9 km.

A malha das cidades brasileiras ainda está bem atrás de outras cidades mundiais, onde este modo de transporte é privilegiado e estimulado há mais tempo, como Berlim, Nova York, Amsterdã, Paris e Copenhague. Na América Latina, a campeã é Bogotá, com 392km de ciclovias.

Em São Paulo, há quatro tipos de vias: ciclovia (separada fisicamente), ciclofaixa de lazer (apenas domingos e feriados), ciclofaixas definitivas e a ciclorrota (criada para incentivar o uso nos bairros). As regras são municipais e variam para cada ciclovia.

Por Igor Christ e Luma Dantas

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